O mar
que delira
em meus olhos
consome o tempo
em suas
ondas impermanentes
Da orla de meus
ouvidos
deslizam peixes
e uma sereia
faz carinho
em meu peito
com sua cauda
perfumada
E tento
(em vão)
fazer com que
a música
das águas
soe mais alto
que sua voz
Paraty - RJ - 23/12/13
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Vertigem em São Paulo
escaparam
aos olhos
o lume verde de ausência
em corvos que sobrevoam a carniça
de um sentimento que já nasceu morto
a água comunica
com seu brilho escuro
que todas as coisas finitas
passam por sua sentença líquida
e se transpõem em brilho
na chama que emana das nuvens
em tardes quentes
abafadas no escritório
de gavetas do esquecimento
meus olhos ardem
no vermelho turvo que emana
de suas unhas que coçam minh’alma
viver é sufocar o espinho do desengano a cada passo
como um arcanjo dizimado
desbravo abismos dançantes na minha memória
onde o vivido e a vontade que acontecesse
se confundem numa película irremovível
cuja sessão acontecerá póst mortem
num cinema da boca do lixo
nas unhas gastas de São Paulo
o lume verde de ausência
em corvos que sobrevoam a carniça
de um sentimento que já nasceu morto
a água comunica
com seu brilho escuro
que todas as coisas finitas
passam por sua sentença líquida
e se transpõem em brilho
na chama que emana das nuvens
em tardes quentes
abafadas no escritório
de gavetas do esquecimento
meus olhos ardem
no vermelho turvo que emana
de suas unhas que coçam minh’alma
viver é sufocar o espinho do desengano a cada passo
como um arcanjo dizimado
desbravo abismos dançantes na minha memória
onde o vivido e a vontade que acontecesse
se confundem numa película irremovível
cuja sessão acontecerá póst mortem
num cinema da boca do lixo
nas unhas gastas de São Paulo
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