Quando estou deitado e o escuro é absoluto, teimo com os sentidos. Mesmo sabendo que se abrir os olhos, a paisagem será mesma que está dentro, permaneço atento e espero alguma coisa deste silêncio
de
olhos
e
ouvidos.
É como se a hora de dormir, quando realmente (achamos que) paramos, fosse o momento que nos mostra que a vida maqueia sua brevidade na metamorfose de sonoridades.
É com a vista aberta
no escuro
que vejo
E tenho certeza de que morremos quando silenciamos.
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